Na Europa, a primazia foi da Blaupunkt, que em 1932 instalou um rádio de 15 kg (!) em um Studebaker, e no ano seguinte os ingleses Crossley passaram a oferecer um rádio como opcional em seus modelos.
Década de 1950: Mídias externas e automatização
A década de cinquenta revolucionou o som automotivo e o modelou como o conhecemos hoje. A primeira das revoluções foi o rádio FM, lançado pela Blaupunkt em 1952 (acima em um Porsche 356). Um ano depois a rival Becker lançou seu clássico Mexico (abaixo), o primeiro rádio automotivo com sintonizador de duas bandas (AM/FM) e também o primeiro a ter um sistema de busca automática de estações.
No ano de 1955, a Chrysler lançou o primeiro sistema de mídia externa. Pode acreditar, não era toca fitas e nem cartuchos, era um tocador de disco de vinil! O nome era Highway Hi-Fi, ele era basicamente uma vitrola, mas tocava com rotações menores (16,66 RPM). Tinha um sistema que não deixava o braço da agulha riscar os discos. Apesar de funcionar muito bem, o preço para confeccionar e a fragilidade do tocador, motivou a Chrysler a parar de fabricar o tocador em 1959. Mas a ideia de ouvir suas próprias músicas nos carros já estava na mente das pessoas.
Década de 1960: transistores, cartuchos e o efeito estereofônico
Nos anos 60, a Becker voltou a revolucionar, lançou o Monte Carlo, o primeiro rádio automotivo totalmente transistorizado. Com os transistores os rádios ficaram mais compactos e duráveis. Já no fim da década de 60, o áudio em dois canais, que só podia ser reproduzido em cinema, foi para o som automotivo, também lançamento da Becker, era o primeiro rádio com dois canais amplificados para carros.Anos 1970: você é o DJ
Depois das grandes inovações da Becker, na década de 70, não foi a tecnologia que revolucionou, mas sim o comportamento das pessoas. As fitas cassetes já eram produzidas muito antes de inventarem um rádio que as tocassem no carro. Com a possibilidade de ouvir suas próprias gravações dentro do carro, surgiu a cultura “mixtape”, que até hoje influência gerações com pen-drives e cartões de memória no lugar de fitas cassetes. Foi nessa década também que as marcas Pioneer e Nakamichi difundiram o que é sonho de consumo para muitas pessoas até hoje: Os alto-falantes e amplificadores.
Anos 1980: movidos a laser
Nos anos 80, aqui no Brasil, ser descolado era ter instalado no carro tweeters piezo-elétricos, alto-falantes direcionais de duas vias, e um equalizador gráfico de sete bandas Tojo. Mas, enquanto isso, nos EUA a Philips e Sony, desenvolveram juntas, a primeira mídia digital de áudio, o Compact DIsc, chamado Sony CDX-R7. Uma curiosidade da década de 80, que interessa você leitores do blog, é que no ano de 1981, surgiram os primeiros campeonatos de som automotivo, hoje esse tipo de modalidade virou paixão para muitas pessoas. O nome desse campeonato era Summertime Car Show and Sound Off Competition, e era avaliado apenas o volume e a qualidade do som, já os decibéis de SPL (índice de pressão sonora) só ganharam importância na década seguinte.
Anos 1990: multimídias
Depois dos primeiros campeonatos de som automotivo, nos anos 90, a tecnologia tomou conta do pedaço. Com a importação de carros, os toca fitas chegavam mais evoluídos, alguns também vinham com leitores de CDs. As novidades não pararam por aí, houve a popularização dos módulos amplificadores de potência, dos alto-falantes de alta definição, equalizadores gráficos digitais. Em 1998, uma empresa britânica chamada Empeg, criou um rádio eletrônico que vinha com discos rígidos para armazenamento e reprodução de áudio no formato MP3, que estava começando se popularizar aqui no Brasil.
Anos 2000: um período de transição
Após muitas transformações, o som automotivo já se tornou vicio para muitas pessoas. Nos anos 2000, a inovação mais importante, para os apaixonados por som automotivo, foi a interação dos rádios com um novo gadget, o iPod. Que acabou com todas as outras mídias físicas que vimos anteriormente. Depois de passar décadas gravando fitas e guardando vários CDs, todas as músicas foram transferidas para arquivos digitais em discos removíveis, uma maneira mais prática para ouvir músicas no carro.
Anos 2010: modelando o futuro
O som automotivo nos dias de hoje, literalmente, tem outra cara, agora com mais tecnologia e potência, os donos dos carros, podem interagir diretamente com os seus equipamentos. Também existe a possibilidade de personalizar o carro de acordo com cada gosto, só depende da imaginação de cada um. Além de hobbie, o som automotivo se tornou uma modalidade profissional, muitas pessoas vivem dessa atividade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário